quarta-feira, 23 de maio de 2007

Ventos que não sopram não são ventos.

Ultimamente tenho sido ultrapassado pelos ventos que não são ventos. As quatro paredes acomodaram-se às minhas idéias. Uma simbiose tão perfeita, que meus impulsos de criação se tornaram menores que o tempo de um orgasmo. Saudosismo estranho, de coisas que aconteceram num passado muito recente mesmo, ontem talvez. Essa mistura tão confusa que é difícil de explicar a você mesmo.

Sentar e ouvir minhas bandas preferidas tem sido um martírio pra mim. Minha vida é jogada toda em minha face como um turbilhão desordenado de coisas que não precisam de certa cronologia pra fazer sentido. Cada refrão é cortante. É solitário demais gostar além do permitido do que quer que seja.

Bem, fora isso, tenho a incômoda impressão que o tempo só não parou pra mim. Estão todos lá com sua inocência. Será que só eu vejo que a maioria das coisas não tem graça? Parece até que só eu faço aniversário. E pior ainda, todos os dias!Acabo permitindo-me aceitar que esse é um ano de reclusão. Na verdade eu queria que fosse um semestre de reclusão. Quem sabe eu deveria acreditar mais em mim. Repito pr mim mesmo: Ventos que não sopram não são ventos. Eu posso. Vamos! Run Forrest, run!