quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Os templários

Eu nunca te tiraria nada se soubesse que era a única coisa que você tinha

Apesar de eu não dizer, era fácil perceber tudo de mim.

Era mundo que não rimava, pedra solta no meio da rua, chuva que não cessava.

Agradeço a segurança, bem como os sinceros momentos de escuta.

Não acredito que não exista algo bom dentro de todos nós.

Simplesmente essa parte você não guardou pra mim.

E é pena mesmo que eu não possa dizer nem ter feito o mesmo.



E pensar que eu teria que contar anos e não dias.

Ah, como é bom não saber do futuro!

Que murchem as flores, que cessem os amores,

Os amores de um lado só.



O que prende dois desiguais?

O que custa dizer que não quer mais?

Anda que essa avalanche vai nos pegar.

Me protege, guarda a única coisa que eu tenho, me chama que eu venho.

Diz que é mentira o que essa gente toda me falou de ti,

Me aperta, me abraça, me põe de volta pra dormir

Me deixa leve, se você não teme, você não deve.

Ou toda essa frieza é porque você não perde a única coisa que você tem?



Eu não tiraria isso de você,

E isso eu nem preciso prometer.

Mas já que tem que ser assim,

Não vou pedir de volta a vida que você levou de mim.

Segue a estrada, pega teu caminho.

A quem perguntar, digo que restou o carinho.

Mas só eu sei o ódio que guardo quando estou sozinho.



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