Só quando pulou da ponte de extermínio foi que pude perceber que ele poderia ser, bem mais de alguém que se distrai. Ele voou, como cantam as borboletas. Desprezado e rejeitado ele saltou, como saltam os longínquos humanos no espaço vazio de sua mãe, aproveitando-se enquanto não libertos eles estão dispersos. Ele gritou, como o ar em fúria com contentamento. Ele respirou, como o último suspiro que se forma eficaz, a primeira apatia se refaz. Ele sentou, com olhar de guerra não registrada como na noite passada. Ele caminhou, mas como ninguém qualquer parou, o fim chegou, não avisou. Ele ajudou, como cegos enxergando as cegueiras de um todo, do mundo solto. Ele sorriu, como o sol que nasce todos os dias para aprender mentiras escondidas não compreendidas, suas palavras não movem nem a si mesmo. Ele amou, mas como qualquer coisa não adiantou, o amor não restou, mas ele amou. Ele se foi, com outro caminho de passos traçados e coleções de outras opções. Ele era apenas um sonhador com suas ilusões a alegrar, feliz em amar. Triste ao lembrar que em cada pedra rodopiasse desconhecidamente passados de imaginações futuras, sua sociedade utópica.
sexta-feira, 7 de junho de 2013
Colecionador de ilusões.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário