sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Carona ao diabo


Um dia desses, eu dei carona ao diabo. Sinceramente, não sei o que o diabo pensa da vida. Ele me apareceu com o mesmo disfarce de seis anos atrás. Parece até que esqueceu quem eu era e tudo o que ele fez comigo. Era a mesma conversa, a mesma futilidade, as mesmas roupas exaladoras de odores promíscuos. Enxofre não! Cheirava a orgasmo! Até que o papo foi legal, mas o diabo está ficando velho. Seus truques estão super manjados. Por mais que ele tentasse rejuvenescer o disfarce, não tinha jeito.

Ele desceu do carro, sem dizer nada, mas com aquele olhar de quem diz “a gente se vê por aí”. A partir de então eu decidi, que iria atormentar o diabo, agora é minha vez. Pensei nisso o dia inteiro e cheguei à conclusão de que não valia a pena. Usar os mesmos truques pra me fazer sair da estrada, era a maior prova que o diabo estava arrasado, abatido, vencido.

Quem ri por último, mesmo que não ria melhor, fica com o gostinho do riso mais recente. E eu ri, discreto, quase sem mexer os lábios, quase sem perceber, mas ri por último. Adios diablo!

3 comentários:

Sher disse...

Estou aqui,novamente!
Pua, se libertar do diabo de uma forma tão sutil foi massa!!!!!!!

Gostei de ver!

Sher disse...

Pois é, melhor se não existissem!!

Sher disse...

Tentando, tentando...
Acho que o diabo tá querendo subir na garupa da minha bicicleta!!!